quinta-feira, 24 de novembro de 2011

que é melhor assim,é melhor pra mim...

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Que eu sei que é melhor assim,as coisas se desfazendo aos poucos, as possibilidades se afastando, de acordo com o tempo que se passa e só depois a gente conta, e assim quase não dá pra perceber. Que não vai haver próxima vez, talvez nem uma próxima possibilidade e as palavras por fim, perdem o sentido, ja nem queremos dizer... e ao mesmo tempo doi, e meu coração bate em desespero,ao mesmo tempo eu sinto que tudo isso ta me deixando, deixando nós dois num passado cada vez mais esquecido, nos tornando desconhecidos,quem diria,depois de tudo. Ninguém vai abaixar a guarda agora e nesse deserto infinito eu não quero mais caminhar,um dia não volto mais! E o tempo ajuda a pôr os as reticências no fim de uma história sem título,de duas pessoas que se perdem aos poucos,cada dia um pouco mais,até se perderem de todo, e se passou muito tempo... E é melhor assim, não enxergamos um ao outro e por isso também não vemos um ao outro partindo e só depois que nos lembramos que nem nos despedimos... Ouço esse silêncio gritando todos os dias e estou me acostumando a nunca,nunca ter seus gestos em qualquer conversa,em qualquer esquina,em qualquer dia. Por fim...acho que é melhor assim,é melhor pra mim.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

no meio de nós...


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E muito tempo vai passar assim como estamos e nem somos mais capazes de calcular esse silêncio, quão distamos estamos, quantas coisas deixamos ficar no meio de nós e nem vemos mais um ao outro, são quilômetros talvez,semanas e meses inteiros,são novas pessoas, novas histórias, são as mudanças que não sabemos, a vida seguindo, a poeira do tempo passando, obstruindo a visão um do outro, é a ponte que nos ligava se partindo, são os caminhos se retorcendo, os caminhos mudando, se distanciando sempre mais. Passo na frente da sua casa e já nem sei se você ainda mora nela, pra mim ainda é a sua casa,mas como posso saber? E depois de todo esse tempo, restarão minhas cartas aí, velhas cartas, e talvez você se lembre delas quando sentir o frio do silêncio que permanece, e talvez você as releia, procurando o alento que aquelas palavras, um dia tão calorosas, te fizeram sentir... e talvez você ainda tenha aquele caderno que era pra eu guardar palavras suas,mas que você nunca escreveu e nunca me devolveu, e talvez em uma dessas tantas vezes que você abre e fecha a gaveta, você pare um instante pra olhar a foto na capa e que você se acostumou o ver ,e você agora olha apenas pra enxergar com clareza aqueles traços conhecidos do qual se lembra e os traços nem são mais exatamente esses,mas nesse rosto agora você vê muitas coisas, uma parte da própria vida que também já passou. 
E enquanto seguimos assim, cada vez menos o que fomos, num dia de manhã bem cedo volto naquele dia,dentro do carro do seu pai,estou sentada do seu lado enquanto você dirige,por incrível que pareça não estou olhando pra você nessa hora, e você pousa uma mão na minha perna com a naturalidade que habita meus sonhos,vira pra mim e me solta um beijo enquanto o sinal ainda está vermelho e nem a distância minima que havia entre o nossos bancos, existia de verdade, nós estávamos próximos demais...ah...
E então volto a realidade,ainda mais distante do que fomos naquele dia e a clareza da lembrança,tão real até me dói e dói ainda mais, porque estou sozinha com ela enquanto o dia começa.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

just tired

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Cansei da rotina, de ouvir 'bom dias' vazios, de sorrir por educação,de ouvir vozes que são monótonas pra mim, de responder perguntas inúteis pra não tratar mal pessoas que na verdade nem gosto e nem faço questão, cansei de só observar as atitudes de alguém que se acha esperto e te acha boba,sem dizer o que essa pessoa merece ouvir, de fechar os olhos pra certas coisas e de fingir não ouvir umas outras e me calar. Mas também cansei de gritar minha saudade por aí e de senti-la também,  cansei de correr atras das pessoas, dos amigos e de paixões, de tentar juntar pessoas, de tentar mantê-las, de tentar trazê-las de volta,de segurar as rédeas e me segurar no passado. Segurar o passado nas mãos com toda a força pra que nada mudasse, pra fugir do presente,talvez. De viver,talvez e renunciar também... de deixar meu orgulho de lado, de ser um mostruário de lembranças pra provar àqueles que tanto gosto que poderíamos ser mais do que somos,porque já fomos...  O silêncio da indiferença as vezes fala mais alto que um grito,concluo. E em alguns momentos até ser indiferente exige um esforço maior do que se você gritasse,mas as vezes não,porque nem mesmo se exaltar é merecido por alguns. E nem o esforço de segurar as rédeas de tudo...se as pessoas e o tempo são cavalos desgovernados, não cabe a mim estipular seus limites,nem tão pouco domá-los. Fecho meus olhos e respiro e abro as minhas mãos, porque não sou dona de nada e não posso faze-los ficar, porque a vida é uma via de mão dupla e quando realmente se quer voltar,simplesmente o fazemos, porque é preciso pesar os esforços de ambos e correndo, o cavalo te tomba e eu não tenho asas,quem tem asas é o amor, que vai pra onde quer!