quinta-feira, 28 de junho de 2012

contraste triste

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Quando eu descia correndo pro intervalo, quase literalmente, era para encontrar a cena da qual me lembro agora, Ele e uma amiga nossa, conversando, parados logo na saída da escada, o boné cinza parra trás, as vezes o branco, a camisa do uniforme, a calça clara, as vezes, bem raramente, usava uma mais escura. Em uma mão um pacote de biscoito passatempo que ele jogava inteiro na boca, na outra o guaravita, num clima calmo que só existe nas situações habituais, aquelas que não são possíveis de se perder como quem perde uma chave, que não se perderia, nós prometemos... onde ele estava sabia que eu estaria, com quem mais que fosse, mas sempre nós dois. Sinto saudade das vezes que ele ficava de cara virada pra mim quase o dia todo só porque não tinha ido falar com ele quando cheguei...Então, olho pro meu mural de fotos no costume de encontrar os traços dele, nos tantos rostos dele espalhados, preenchendo meus momentos felizes registrado  nas fotografias. E quando não as encontro a realidade me tromba.
Enquanto não aparecer alguém que cause em mim o que ele causa, eu sempre vou estar procurando por ele na minha vida e me consolando com as lembranças... eu poderia ter me lembrado de qualquer outra situação menos antiga, mas talvez essa seja a que mais se contrasta com  o que temos hoje.