Não há retorno que se faça voltar, não há lugar de regresso. Essa cidade pequena cerca tantas vidas que não se cruzam mais, como linhas perfeitamente paralelas, infinitas a se fazer pra sempre retas sem nunca mais se encontrarem,ou, se maleando, dando suas voltas em sentidos opostos sem nunca se sobrepujarem. Como que pode?! Ele passa na rua dela e ela nunca está por ali, pra que ele ao menos a veja e pense, ou lembre de algo que lhe sobressalte por dentro, por raiva ou outro sentimento fraco. Como num dia a tarde no shopping, a caminho do cinema enquanto ele ia a caminho da saída por um lado ela chegava antecipada, prestes a quebrar aquela atmosfera confortável e distraída, porém, em seu percurso, qualquer coisa indiferente lhe chamou atenção, os segundos tão pequenos, os poucos metros reduzidos voltavam a se distanciar... e a vida se incumbe de distraí-los de alguma forma, de manter suas linhas estranhamente desencontradas novamente. Mas isso eles não sabem, eles não se vêem, nunca mais se viram e parece uma ilusão que eles moram nessa cidade tão pequena, que pisam nas mesma ruas molhadas, que vão ao mesmo cinema, que compram seus livros nas mesmas livrarias, que vêem o mesmo céu, que a mesma chuva que atrapalha os planos dela, também escorra pela janela do quarto dele. Por vezes algum deles duvida que isso seja verdade, mas é a vida que desenha seus caminhos. E talvez, só talvez, algum dia no futuro, quando nem houver resquício de mágoa, de felicidade, de saudade, quando essa distância for mais um 'tanto faz' em suas vidas, eles se vejam e quem sabe até se falem. Só talvez.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quando isso for um "tanto faz"...
Não há retorno que se faça voltar, não há lugar de regresso. Essa cidade pequena cerca tantas vidas que não se cruzam mais, como linhas perfeitamente paralelas, infinitas a se fazer pra sempre retas sem nunca mais se encontrarem,ou, se maleando, dando suas voltas em sentidos opostos sem nunca se sobrepujarem. Como que pode?! Ele passa na rua dela e ela nunca está por ali, pra que ele ao menos a veja e pense, ou lembre de algo que lhe sobressalte por dentro, por raiva ou outro sentimento fraco. Como num dia a tarde no shopping, a caminho do cinema enquanto ele ia a caminho da saída por um lado ela chegava antecipada, prestes a quebrar aquela atmosfera confortável e distraída, porém, em seu percurso, qualquer coisa indiferente lhe chamou atenção, os segundos tão pequenos, os poucos metros reduzidos voltavam a se distanciar... e a vida se incumbe de distraí-los de alguma forma, de manter suas linhas estranhamente desencontradas novamente. Mas isso eles não sabem, eles não se vêem, nunca mais se viram e parece uma ilusão que eles moram nessa cidade tão pequena, que pisam nas mesma ruas molhadas, que vão ao mesmo cinema, que compram seus livros nas mesmas livrarias, que vêem o mesmo céu, que a mesma chuva que atrapalha os planos dela, também escorra pela janela do quarto dele. Por vezes algum deles duvida que isso seja verdade, mas é a vida que desenha seus caminhos. E talvez, só talvez, algum dia no futuro, quando nem houver resquício de mágoa, de felicidade, de saudade, quando essa distância for mais um 'tanto faz' em suas vidas, eles se vejam e quem sabe até se falem. Só talvez.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário