quarta-feira, 17 de abril de 2013

don't try!

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Feche sua boca, guarde suas palavras, as mantenha no fundo do pensamento, tape os ouvidos pra que não haja a inconformação tentadora... Pra aquele amor que não se correspondeu...não há palavra que traduza inconformação,ponto. Nem mesmo a mais dura das palavra se faz coerente ao outro, não há reclamação contumaz que atinja seu objetivo, nem o tapa mais forte que possa causar no outro, intencionalmente, aquilo se sente o ser incapaz de ser amado, não há explicação nem palavras o bastante que descreva a devastadora sensação da decepção de não ser querido, de ter sido enganado por um sentimento saltitante que nem paixão foi. Uma brincadeira, um capricho do outro, um afago na auto estima passageira. Só. Não há nada que dê forma a essa corrosão, que dê forma para que o outro veja, pra que seja tão concreto no outro como é concreto no 'não querido'. Tentar revidar isso, se abrindo profundamente é um caminhar em círculos infinito, um abrir de boca em tentativa (vã) de explicar, de esfregar na cara daquele o dano. Abrir a camisa pra deixar o peito massacrado a mostra é inútil, é como usar um infinidade de linhas e palavras diversas pra explicar sinônimos, exaurir seus argumentos e provas cabais pra falar de algo que aquela pessoa nunca ira entender como você entende, pelo menos não dessa forma. As palavras em si, são inúteis, pobres palavras...que não resolverão nada nesse caso. Entretanto, o desabafo, quem sabe...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

quando isso for um "tanto faz"...

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Não há retorno que se faça voltar, não há lugar de regresso. Essa cidade pequena cerca tantas vidas que não se cruzam mais, como linhas perfeitamente paralelas, infinitas a se fazer pra sempre retas sem nunca mais se encontrarem,ou, se maleando, dando suas voltas em sentidos opostos sem nunca se sobrepujarem. Como que pode?! Ele passa na rua dela e ela nunca está por ali, pra que ele ao menos a veja e pense, ou lembre de algo que lhe sobressalte por dentro, por raiva ou outro sentimento fraco. Como num dia a tarde no shopping, a caminho do cinema enquanto ele ia a caminho da saída por um lado ela chegava antecipada, prestes a quebrar aquela atmosfera confortável e distraída, porém, em seu percurso, qualquer coisa indiferente lhe chamou atenção, os segundos tão pequenos, os poucos metros reduzidos voltavam a se distanciar... e a vida se incumbe de distraí-los de alguma forma, de manter suas linhas estranhamente desencontradas novamente. Mas isso eles não sabem, eles não se vêem, nunca mais se viram e parece uma ilusão que eles moram nessa cidade tão pequena, que pisam nas mesma ruas molhadas, que vão ao mesmo cinema, que compram seus livros nas mesmas livrarias, que vêem o mesmo céu, que a mesma chuva que atrapalha os planos dela, também escorra pela janela do quarto dele. Por vezes algum deles duvida que isso seja verdade, mas é a vida que desenha seus caminhos. E talvez, só talvez, algum dia no futuro, quando nem houver resquício de mágoa, de felicidade, de saudade, quando essa distância for mais um 'tanto faz' em suas vidas, eles se vejam e quem sabe até se falem. Só talvez.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

uma história sem amor.

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Não tenho mais tempo pra ler romances, meus romances, quem diria. Talvez eu me pareça fria por isso. Não tenho tempo para me desculpar com meus amigos, pra ir fundo dentro de mim buscar aquilo que, de fato, devo lhes dizer. Estou me fechando, to afastando todo mundo de mim, com cada convite que não aceito, com cada desculpa que não peço, estou dando as costas em resposta pro mundo, to me perdendo...será?
Não tenho vontade de recuperar nada, não quero me esforçar por ninguém, tenho outras coisas para me preocupar e ocupar. E com todo esse desleixo, tenho sorte por Deus me dar amigos novos, que ainda não decepcionei, que ainda não partiram. E são amigos? Mal sei se posso confiar, em quem posso confiar?A essa pergunta, prefiro não dar meu lance, não apostar em ninguém. Aliás, não tenho mais fichas, não tenho mais bens para colocar a disposição de uma execução futura, acabei de perder tudo em minha última aposta, que me cobrou o preço de sair do jogo, de fechar a boca... e coração. Pra não pagar com a  minha vida, pra não sujar meu próprio nome finalmente. Blefaram comigo, eu acreditei e perdi. Não tenho tempo pra isso também, tenho que ir no banco, ir lá dizer que eu sou uma das pouquíssimas pessoas que se sabe estar sendo furtada, como se já não fosse insuficiente o pouco que ganho. E isso vai me custar o por do sol de uma sexta-feria, inteirinho. No fim das contas eu só espero que chova, espero que faça frio,que meus problemas não sejam irresolúveis assim, desejo a virtude do silêncio, desejo que sopre um vento gelado pela rua, que é meu único alento capaz de me dar um abraço.
Se eu ao menos fosse pra algum lugar onde ninguém me conheça, eu poderia ser diferente, não ser eu e ser valente pra enfrentar não o mundo, mas apenas meus problemas mais bobos, cara a cara. Eu poderia! Mas, será? E a resposta pra minha própria pergunta é a seguinte: Se me restasse uma última moeda que fosse, eu apostaria que eu seria a mesma covarde que sou numa segunda oportunidade. 
E o amor? Essa não é uma história sobre o amor. É uma história sobre a decepção!